Pureza certificada: porque cada detalhe importa
Armazenamento é a fronteira onde a pureza se ganha ou se perde
O gelo pode nascer puro, mas a sua pureza dura apenas até ao momento em que encontra o mundo real. Um frigorífico húmido, um saco rasgado, um armazenamento improvisado. O que era cristal transforma-se em risco.
1. O frigorífico doméstico
As máquinas caseiras quase nunca são limpas em profundidade. No fundo do congelador vivem odores de peixe, restos de pão e pequenas colónias invisíveis. O cubo que sai dali carrega essa memória e liberta-a no primeiro gole.
2. O saco barato da bomba
Prático e acessível, mas não preparado para durar. O plástico rasga, o gelo cola-se, volta a congelar e perde forma. A primeira utilização pode servir, mas guardar o que sobra é quase sempre condená-lo à contaminação. Não é gelo para confiar a médio ou longo prazo.
3. O gelo termoselado
Fechado na origem e protegido como alimento. Cada unidade é doseada para evitar excesso e desperdício. A pureza não depende de quem armazena; depende do sistema que o guarda.
“Um gin de 80 euros não merece uma pedra que passou meses ao lado de bacalhau.”
Pureza como confiança
Armazenar gelo é mais do que guardá-lo no frio. É preservar confiança. Quando o detalhe é invisível, ou acreditamos na sorte ou escolhemos quem garante que a pureza se mantém até ao copo.